O receptor de rádio do Radio Jove Project utiliza um conjunto de antenas formado por dois dipolos de meia onda, que devem operar em conjunto para aumentar o ganho total e permitir captar os sinais de Júpiter, que chegam enfraquecidos na Terra, após percorrer centenas de milhões de quilômetros;
Para recepção de sinais solares, um dipolo é suficiente. Devemos lembar que o Sol encontra-se muito mais próximo de nós do que Júpiter.
As antenas dipolo representam uma dificuldade para a radioastronomia amadora, em função do espaço necessário à sua instalação. Para instalar os dois dipolos, deve-se considerar uma área aberta, desobstruída para o céu, de pelo menos 9 m por 15 m, e os mastros devem ficar a pelo menos 3 m de altura do solo.
Na edição do segundo semestre de 2017 da publicação The JOVE Bulletin, dois radioastrônomos, James Brown e Richard Flagg, testaram um tipo de antena de menor dimensão, com um elemento denominado loop. É constituída por um refletor e uma grande espira metálica (ver foto) que é o elemento de recepção, calculado para operar na frequência de 20,1 MHz, a mesma do Radio Jove.
Os testes duraram um ano, período no qual compararam as antenas dipolo e a antena loop, sempre captando os mesmos eventos do Sol e de Júpiter. A antena dipolo mostrou-se muito mais eficiente do que a antena de loop.
Os pesquisadores conseguiram captar com nível muito baixo emissões solares, mas não conseguiram captar sinais emitidos por Júpiter. Na matéria há diversos registros comparativos das duas antenas que justificam a continuidade do uso das antenas dipolo.
Crédito da imagem: James Brown & Richard Flagg; The JOVE Bulletin