Crédito do vídeo: Justin Chan
A comunicação via rádio por retrodispersão continua avançando. Com esta técnica, dispositivos eletrônicos de baixíssimo consumo utilizam a energia das radiofrequências presentes no ambiente para funcionarem e transmitirem informações, também via rádio.
As etiquetas de RFID, utilizadas nas lojas para segurança do patrimônio, são um exemplo: possuem dispositivos que recebem parte da energia para funcionar e refletem as ondas eletromagnéticas, imprimindo padrões no sinal refletido que podem ser decodificados por um receptor.
Outro exemplo recente do uso da retrodispersão de radiofrequência, desta vez com as ondas de rádio das redes Wi-Fi, é o projeto Printed Wi-Fi, da Computer Science & Engineering, University of Washington.
Trata-se da utilização de objetos de plástico, construídos por impressoras 3D, que não possuem nenhum componente eletrônico ativo. Apenas utilizam uma antena que pode ser construída com uma mistura de plástico e cobre ou então por materiais ferromagnéticos, que podem ser acionados por engrenagens.
Num dos exemplos, ao se fechar e abrir o contato da antena, ela reflete ou não o sinal de rádio, criando padrões que podem ser utilizados para diversos tipos de sensores, abrindo espaço para o desenvolvimento da Internet das coisas.
Podemos imaginar que tecnologias deste tipo serão úteis para a exploração espacial, com dispositivos que podem ser lançados em asteroides ou satélites naturais e sejam monitorados à distância, por outra sonda que emita e receba os sinais de rádio refletidos por tais dispositivos. Ou, em planetas e luas com atmosferas densas, o uso de anemômetros como o do vídeo, que podem ser acessados remotamente.