O arranjo de antenas do radiotelescópio HIRAX, quando concluído, mapeará quase todo o céu do Hemisfério Sul, na faixa de 400 a 800 MHz. O HIRAX (Hydrogen Intensity and Real-time Analysis eXperiment) buscará emissões da linha do hidrogênio, na tentativa de detectar as oscilações acústicas bariônicas (BAOs). Neste tipo de pesquisa, deve-se mapear as variações, ou ondulações, que influenciaram na distribuição de galáxias, marca das ondas sonoras primordiais, do início do Universo. Também deverá ser capaz de ajudar no estudo da "energia escura" e captar as rajadas rápidas de rádio (Fast Rádio Bursts - FRB). O radiotelescópio BINGO, a ser construído no Brasil, também fará pesquisa semelhante.
Desde 2015 a equipe do HIRAX vem trabalhando com protótipos de antenas: primeiro, em 2015, montaram uma antena de seis metros de diâmetro; em 2016 foram quatro antenas de 3,7 m de diâmetro. Em 2017 construíram um arranjo de oito antenas de seis metros de diâmetro, no observatório HartRAO (Hartebeesthoek Radio Astronomy Observatory), próximo a Johannesburg.
O HIRAX definitivo será construído no Deserto de Karoo, mesmo local do Radiotelescópio MeerKat (SKA), uma região protegida pelas leis locais contra interferências eletromagnéticas. Deverá ter mais de mil antenas de seis metros de diâmetro, montadas próximas umas das outras.
No vídeo abaixo, a equipe do HIRAX explica um pouco da fase de construção do novo radiotelescópio que está ajudando a tornar a África do Sul um importante polo para os estudos radioastronômicos.
Crédito das fotos e do vídeo: HIRAX Telescope;
Informações adicionais: HIRAX / University of Kwazulu-Natal.