Sagittarius A é o nome do buraco negro do centro da Via Láctea. Com massa estimada de quatro milhões a do nosso Sol, o material existente em sua proximidade é capturado pela imensa gravidade e emite radiações que, do nosso ponto de vista, próximos à periferia da galáxia, são de difícil observação, pois há muitas estrelas e nuvens de material na linha de visada. Uma equipe de astrônomos, liderada pela estudante Sara Issaoun, da Universidade Radboud, finalmente conseguiu ver através dessas nuvens e estudar o que faz o buraco negro brilhar. A equipe usou uma técnica denominada Interferometria de Linha de Base Muito Longa (VLBI). Com esta técnica, os cientistas combinam os sinais captados por muitos telescópios para formar uma espécie de "telescópio virtual" equivalente, neste caso especificamente, ao tamanho da Terra. Eles uniram os recursos do sensível conjunto de radiotelescópios ALMA, localizado no Chile, com um uma rede global de outros doze radiotelescópios. Isso permitiu que se juntasse o ALMA à GMVA (Global Millimeter VLBI Array), realizando observações no comprimento de onda de 3.5 mm (86 GHz).
Crédito das imagens:
S. Issaoun / Radboud University / M. Mo´scibrodzka / D. Pesce, CfA.
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